Aos 21 anos, Calouste Sarkis Gulbenkian já vendia moedas antigas ao British Museum. Não foram este tipo de transações que notabilizaram Gulbenkian como negociante e financeiro, mas o seu nome impôs-se também como colecionador de arte. No universo da arte, ao longo de 50 anos, Gulbenkian comprou sempre aquilo de que gostava, ainda que o seu gosto tenha sido meticulosamente cultivado até ao fim da vida. Estudava, via exposições, aconselhava-se com os melhores e, acima de tudo, intuía. Foram variadas as peças por si eleitas que só mais tarde se confirmaram obras-primas. Falências, revoluções, guerras, coleções dispersas, Gulbenkian soube gerir todas as crises a favor da sua eclética e preciosa coleção. O Museu Gulbenkian, inaugurado 14 anos depois da morte de Gulbenkian, é a casa que desejou para as suas obras de arte. Está classificado como um dos sete melhores Pequenos Museus do Mundo. Uma visita guiada por João Carvalho Dias, curador e diretor-adjunto do Museu Gulbenkian.